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As 121 pessoas que estavam a bordo do avião da companhia aérea cipriota Helios, que caiu hoje perto de Atenas, na Grécia, morreram de frio antes de a aeronave bater em uma montanha e explodir. Um problema no sistema de refrigeração teria alterado a temperatura e a pressão no interior do avião. Segundo a agência de notícias AFP, havia 115 passageiros e seis tripulantes a bordo.
» Avião teve problemas de pressurização
Segundo o Ministério de Assuntos Exteriores do Chipre, país de onde provinha a maiorias das pessoas, seis dos mortos eram membros de uma mesma família. "Sobre os outros, acredita-se que muitos eram crianças", disse a fonte. Os familiares foram chamados pelo diretor-geral da companhia para comparecer ao aeroporto de Larnaca, de onde decolou a aeronave, e onde há psicólogos preparados para prestar auxílio às famílias.
Autoridades da Polícia no aeroporto de Larnaca disseram que uma densa fumaça procedente do sistema de refrigeração invadiu a cabine antes de o aparelho cair. De acordo com a agência EFE, o aparelho já tinha um histórico de consertos deste sistema de refrigeração. Segundo um relatório técnico, o Boeing já tinha tido problemas com as fontes de alimentação de oxigênio durante um vôo para Londres.
Mensagem de despedida
Spiros Vutas, parente de um dos passageiros cipriotas, recebeu uma mensagem de texto enviada pelo primo, o passageiro Nikos Petridis, na qual dizia que todos estavam com muito frio e que o piloto e o co-piloto estavam congelados. E se despedia.
Segundo informações provenientes do aeroporto cipriota de Larnaca, a aeronave partiu de Larnaca às 3h (hora de Brasília) com destino a Praga e faria uma escala em Atenas, mas as autoridades aéreas gregas perderam contato com a tripulação da aeronave, um Boeing 737-300.
As equipes de resgate estão ao local do acidente, uma montanha 60 quilômetros a noroeste de Atenas, na localidade de Gramatiko, onde bombeiros apagaram o incêndio causado pela queda do aparelho.
Testemunhas entrevistadas pelos canais de televisão gregos disseram que só a parte posterior do avião estava intacta e que havia muitos pedaços de fuselagem espalhados pela montanha, o que indica que não há sobreviventes.
Destroços do avião estão espalhados por uma área montanhosa e inabitada a 40 km ao norte de Atenas e uma densa fumaça negra subia de vários pequenos focos de incêndio. "Eu vi vários corpos espalhados, todos eles usando máscaras (de oxigênio). A parte traseira estava cortada e as outras partes do avião deslizaram por uma montanha a 500 metros da cauda", disse uma testemunha`à agência Reuters.
O avião perdeu contato com a torre de controle de Atenas pouco depois das 12h (hora local). Instantes depois, caiu. Aparentemente, o piloto pode ter perdido a consciência devido a uma queda de pressão na cabine.
"Foi iniciada uma investigação com as autoridades gregas para constatar a identidade e a nacionalidade dos passageiros", declarou o ministro de Transportes do Chipre, Charis Thrasou, antes de ir para o aeroporto acompanhar as investigações.
O ministro cipriota disse ainda que, depois que a aeronave contatou a torre de controle em Atenas, dois aviões de combate a acompanharam antes que caísse. Informações que chegaram ao Ministério de Transportes do Chipre indicam que o piloto, de nacionalidade alemã, e o co-piloto, grego-cipriota, já estavam mortos quando os caças F-16 alcançaram o avião.
No entanto, o dado ainda não foi confirmado, disseram fontes do mesmo ministério. A companhia de vôos de baixo custo Helios, fundada na década de 90, é uma das maiores do Chipre.
Redação Terra
Triste notícia....
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