Queda livre

Aviação real no Brasil e no Mundo.
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21_Sokol1
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Queda livre

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Sokol1's traduções tabajara, num domingo modorrento:

Artigo do Flight Journal

Era a nona missão do 303RD BOMB GROUP'S. No dia 3 de JANEIRO de 1943, o grupo contribuiu com 14 dos 68 bombardeiros da 8ª Força aérea que atacaram a base de submarinos alemães em St. Nazaire, França. Sete aviões foram perdidos, incluindo quatro do 303º. Uma das aeronaves perdidas era um B-17F chamado Snap! Cracke! Pop! (estalo, crepita, estouro) que foi incendiado pelo flak alemão e então explodiu. Três homens foram lançados fora do Boeing. Só dois tinham pára-quedas.

O pára-quedas do artilheiro da Ball Turrent, o Staff Sgt. Alan E. Magee foi rasgado pelo flak. Ele estava procurando pelo pára-quedas de reserva, de pé próxima a baía de bombas, quando foi lançado no espaço. De 20,000 pés (~8480 mts), ele mergulhou para o chão, pedindo para Deus que o poupasse. Então desmaiou.

Magee recuperou consciência cercado por homens que falavam alemão. Um dos braços dele foi mutilado severamente e ele teve outros ferimentos. Um simpático médico do exército alemão disse para Magee que embora eles fossem inimigos, como médico ele faria o melhor de si para salvar o braço do americano. E sua palavra era verdade. Tristemente, Magee nunca soube o nome do cirurgião.

Como Magee sobreviveu a uma queda de quatro milhas (~6.4Km) era completamente outra questão. Por pura coincidência, ele pousou precisamente na clarabóia da estação de trem de St. Nazaire. O vidro quebrando reduziu sua velocidade de queda, e ele caiu ao chão. O que era uma queda suficiente para matar um homem.

Cinqüenta e dois anos depois, Alan Magee e sua esposa, Helen, dedicaram uma placa para os sete tripulantes do Snap! Crackle! Pop! que morreram. Os cidadãos de St.Nazaire ainda pagam tributo aos pilotos americanos que perderam suas vidas liberando a França; ninguém pode esquecer a providencial sobrevivência de Alan Magee - seguramente uma resposta a sua oração.

Caindo pelo espaço sem um pára-quedas ou com um para-quedas que falhou é completamente horrível. Tais quedas normalmente começam a altitude alta, assim a descida oferece bastante tempo - ocasionalmente uns dois minutos para se pensar no impacto horrível. Acelerando às 32fps (pés por segundo) por segundo (~ 10 metros por segundo), humanos alcançam velocidade final entre entre 110 e 120mph (177 a 193 kph), dependendo do peso e posição do corpo. Alguns perdem consciência quando caem mas não por causa da aceleração de gravidade. Algum paraquedistas apreciam a sensação e não sofrem efeitos prejudiciais especialmente se eles têm dois pára-quedas - e mentiruam se fosse diferente. Esses que de alguma maneira sobrevivem uma queda raramente recordam o momento da colisão com a terra ou o mar.

Pára-quedas de emergência datam de 1780 na França, e no EUA, o seu uso na aviação foi testado em 1912. Apesar de seu potencial na salvação de vidas, durante WWI só Alemanha providenciou para-quedas para suas tripulações; o uso mais comum era por observadores em balões. O recorde americano para saltos de pára-quedas de emergência provavelmente ainda é pelo Lt. Glen Phelps que durante 1918 pulou de cinco balões sob ataque inimigo.

Sobrevivência em combate

Dezenas de milhares de vidas foram salvas por pára-quedas: o número exato é desconhecido. Mas a sobrevivência de alguns tripulantes de vôo, como Alan Magee, desafia explicação. Entre as sobrevivências mais notáveis esta a do tenente soviético I.M. Chisov cujo bombardeiro Ilyushin Il-4 foi derrubado em janeiro de 1942. Depois de cair quase 22,000 pés (6.700 mts), Chisov bateu na extremidade de um desfiladeiro nevado e rolou até o fundo. Embora bastante ferido, ele se recuperou.

Dois anos depois, caças noturnos alemães próximos a Berlin abatem o Lancaster do Flight Sgt. Nicholas Alkemade da RAF. Quando veio a ordem paa saltar, o artilheiro de cauda Alkemade olhou em volta e encontrou seu para-quedas em chamas. Ele escolheu saltar em vez de queimar e rolou para fora da torre. Ele caiu de 18,000 pés (~5.486 mts), batendo em árvores, mato e neve acumulada. Com a diferença de um joelho torcido e alguns cortes, estava bem.

Outro tripulante do Comando de Bombardeiros até tinha sorte, de acordo com o historiador da RAF Chaz Bowyer. Em novembro de 1944, Handley-Page Halifaxes do esquadrão Nr.466, da Royal Australian Air Force, atacaram objetivos industriais na aréa central Alemanha, o Vale de Ruhr. O Flight Lt. Joe Herman, que se dirigiu para o oeste em direção à Inglaterra depois da corrida de bombardeiro, voava num deles. Porém, enquanto desciam para 18,000 pés (~5.486 mts) o avião recebeu três impactos certeiros. Com seu avião em chamas quase de uma ponta de asa a outra, Herman ordenou que saltassem.

A artilheiro superior, Flight Sgt. John Vivash, ia saltar quando viu Herman procurar por um para-quedas. Então o bombardeiro explodiu. Vivash foi arremessado na noite escura e abriu seu para-quedas. Momentos depois, com ele descendo balançando sob o para-quedas, sentiu um impacto e notável aumento na velocidade de descida. E chamou, incapaz ver muito na escuridão. Uma voz familiar respondeu; Vivash ficou surpreso. "É você, Joe? "

"Sim, mas eu não tenho para-quedas. Parece que por acaso cai sobre você na minha queda."

Depois de ter caído de aproximadamente 17,000 pés (5.180 mts), Herman tinha colidido milagrosamente com o artilheiro, e igualmente milagroso, tinha podido se agarrar a ele, literalmente para a vida. Com duas vezes o peso normal no para-quedas, o impacto da aterrissagem deles foi extraordinariamente forte. Herman teve duas costelas quebradas, mas apesar dos seus ferimentos, os dois Aussies (australianos) estavam bem. Eles levaram quatro dias andando para a presumida segurança na Holanda antes que os alemães os capturaram. Seguiram-se seis meses num campo de prisioneiros de guerra, então voltaram à Austrália.

Talvez mais horrorizante provação de um para-qeudista já registrada foi a do Lt. Sam Logan do Marine Fighting Squadron 112 (Esquadrão 112 de Caças da Marinha), que foi abatido em um dogfight sobre as Ilhas Solomão em junho de1943. Logan abandonou seu Corsair em chamas a aproximadamente 18,000 pés (5.486 mts) (uma altitude notave) mas puxou a corda do para-quedas muito cedo. Oscilando em pleno ar, ele atraiu o piloto assassino de um Zero, que abriu fogo em repetidas passagens, tentando matar o piloto em pleno ar. Sem munição, o japonês recorreu a chacina.

Com Logan balançando desesperadamente nas cordas, tentando deixar escapar ar bastane para aumentar sua descida o Zero se aproximou o bastante para não errar. Partes dos pés de Logan foram fatiadas pela hélice. Tentando ignorar a dor incrível, Logan continuou puchando as linhas enquanto o Zero virava para outra outra passagem.

Providencialente um P-40 da Nova Zelândia chegou para perseguir o Zero. Logan foi salvo, e uma vez reabilitado, pôde voar novamente.

Ejeções a mach 3, ejeções abaixo do nível do mar, ejetar antes do avião ser atropelado por um porta-aviões, chegar ao solo com o avião literalmente caindo em cima...
http://www.findarticles.com/p/articles/ ... 4#continue

SP!

Sokol1
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